Com o fim do ano se aproximando, já é normal pensar na reforma ou construção da casa. Escolher
Por conta da pandemia, muitas pessoas passaram a ficar mais tempo em casa e perceberam que não se identificavam tanto com o local que residiam. A consequência? Um levantamento realizado em parceria pela Casa do Construtor e a AGP Pesquisas aponta que 68% dos brasileiros realizaram algum tipo de reforma entre outubro de 2020 e outubro de 2021.
Como forma de auxiliar aqueles que já estão se preparando para as obras no final de ano ou pensam nos projetos para 2023, a arquiteta e designer de interiores
“Acredito que o soul space e o kinfolk estão cada vez mais fortes na nossa realidade. A casa com personalidade, com a alma de quem mora ali, trazendo a natureza pra dentro de casa e deixando a ideia de “outside e inside” (fora e dentro), menos presente na nossa rotina. Os espaços estão passando a ter mais de uma função: uma varanda que vira home office, um
O “Soul Space” encanta pelo design inteligente e inovador, sendo algo ideal para ter apenas o que é útil, um espaço com alma e personalidade. Já o “Kinfolk” vai muito além da estética, ele tem como fundamento a busca por uma vida mais lenta, com mais equilíbrio, sobriedade e próximo da natureza.
Presente na Feira de Design de Milão de 2022, a arquiteta aponta que foi possível perceber uma presença marcante dos tons terrosos e verdes. “Essas cores estavam presentes por todos os lados, mas isso não é uma obra do acaso, existe uma razão muito lógica para essas cores estarem tão forte no mercado do design: a gente descobriu que sente falta de ter a natureza por perto, e isso não significa ir morar na floresta, mas que sentimos falta de ver o céu azul, de passear no parque, na rua, de ir para a praia, de sentir o ar puro”, comenta Rafaela.
Para quem vai reformar ou pensar em construir algo novo, a especialista ainda completa que a escolha das cores durante a elaboração do projeto é algo crucial para criar uma atmosfera confortável, harmônica e aconchegante para quem vai usufruir daquele espaço.
“Ter essa conversa sobre as cores é fundamental para captar a personalidade do cliente, e projetar algo que se encaixe com a rotina e essência dos moradores, muito antes de ser algo apenas estético”, destaca.
Rafaela Giudice acrescenta para quem sonha com uma casa aconchegante, ter uma atenção especial na
“Iluminação é cor, ela só existe quando existe cor (não entenda cor como algo mega colorido), não é isso. As tonalidades do espaço, e as texturas, juntamente com a iluminação escolhida, mudam completamente um ambiente. O jogo de luz e sombra que as texturas e os volumes trazem quando expostos a iluminação é algo que deve ser considerado, assim como a iluminação natural presente no cômodo”, ressalta.
Mesmo com todo o olhar técnico, a arquiteta afirma que a maior tendência para 2023, é aquela que se aproxima de quem sonha com um lugar para chamar de seu. “Sei que já se tornou clichê falar sobre, mas, a pandemia nos ensinou muito sobre isso, a olhar para dentro da nossa casa e se identificar ali dentro”, conclui Rafaela.