Treliças brancas de metal compõem a fachada desta casa em Campinas
Localizado em um terreno com um declive acentuado logo no começo do lote, esta casa assinada pelo escritório FGMF partiu da premissa de estabelecer um ponto de partida ali, sem alterar a sua topografia. Na verdade, a base da residência faz parte do declive.
O nome do projeto – Casa Brisa – homenageia a ventilação leve e privilegiada, que reforça a agradável e refrescante sensação de seus jardins semi-internos existentes graças à arquitetura proposta.
A cidade de Campinas (SP), onde o projeto está localizado, apresenta altas temperaturas o ano todo. Assim, para oferecer conforto térmico e uma arquitetura da mais alta qualidade, os arquitetos brincam com o conceito de espaços externos e internos: uma sequência de telhas e treliças metálicas cobrem jardins semi abertos, oferecendo refúgio durante o verão, e que instiga quem observa a casa de diferentes ângulos ao longo do dia.
Com um platô enterrado, que abriga as áreas sociais da casa, a estrutura sustenta uma grande estrutura linear que abriga os quartos. Para aproveitar a vista espetacular de uma área preservada de um lado e das colinas do outro, treliças de metal branco se abrem quase que completamente para o horizonte.
A extensão linear do projeto tem a sala de estar principal como destaque. O ambiente com fechamento de vidro, localizado abaixo dos quartos e cercado pelos jardins inferiores, conta com paisagismo integrado, que a longo prazo terá arborização adensada, incrementando a sensação de privacidade e bem-estar dos residentes. Debruçadas sobre a piscina e o solário, no extremo norte do terreno, estão a cozinha, a sala de jantar e a área gourmet.
Alvenaria, caixilhos e venezianas compõem a primeira camada do projeto, enquanto na segunda, as telhas integram a cobertura, beiral, terraço, garagem e revestimento lateral, atuando como placas de isolamento e brises para controle de insolação. Os acabamentos mesclam tons orgânicos, cimento aparente e o branco da estrutura no piso superior.
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Para o observador externo, ao longo do dia, os ângulos da casa remetem a um monólito flutuante de aço. Já a noite, com a iluminação artificial, esse monólito se desfaz e a casa surge transparente, revelando seu interior.