“O proprietário é um investidor que já fez diversos projetos e obras comerciais e residenciais conosco. A moradora, neste caso, é a arquiteta Kamilla, que fazia parte da equipe do nosso escritório quando o imóvel foi reformado, tendo, ela própria, participado de todo o processo. Ao final, ela resolveu alugar o apartamento para morar com a irmã Mercedes, que é professora universitária, e o gato persa Juanito”, conta Leandro.
Por se tratar de um imóvel antigo, a modernização e readequação da planta para os dias atuais foi o principal pedido do novo proprietário. Como a finalidade do projeto era locação, a proposta foi fazer um apartamento heterogêneo e prático para atender a inquilinos com os mais variados perfis.
A planta original era comprida, cheia de corredores e cômodos pequenos, com um “cachimbo” na sala (típico dos prédios erguidos em Copacabana nas décadas de 60 e 70), que comprometia não só a ventilação como também a iluminação natural do espaço.
“Criamos uma planta em plano aberto, eliminando o longo e estreito corredor da entrada, que agora sai direto na cozinha aberta para a sala, separadas apenas por um grande balcão.
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Também eliminamos o quarto de serviço para criar um segundo banheiroque não existia no imóvel, transformando um dos quartos em suíte. Já os quartos originais sofreram alterações pontuais para aumentar áreas de armário e home office, demandas que foram incorporadas ao novo morar”, conta o arquiteto.
No que se refere à decoração, que segue um estilo contemporâneo atemporal, é tudo novo. O Studio apostou em uma base neutra em tons de cinza para todos os cômodos, combinando com materiais naturais e piso amadeirado para aquecê-los, quebrando assim a frieza e a impessoalidade comuns em imóveis de locação.
A sala apresenta diversas tonalidades de rosaque vão esmaecendo até tonalidades crus e naturais. Já a escolha dos móveis e a produção dos interiores foram pensadas para atender às necessidades das inquilinas, priorizando móveis soltos e versáteis que pudessem ser readequados em futuros endereços.
Na sala, por exemplo, se destacam algumas peças assinadas por designers brasileiros expoentes de três gerações: a poltrona Iaiá (de Gustavo Bittencourt), a luminária Less F (de Fernando Prado) e o banco Mocho (de Sérgio Rodrigues).