As glicínias são trepadeiras ornamentais de origem em regiões asiáticas, como Japão, China e Coreia. Caracterizam-se por suas belas flores em cachos nas cores violeta, branca, rosa ou azul, criando um efeito cascata e pelo seu perfume intenso. São apreciadas há séculos por serem símbolo de longevidade e imortalidade, dois conceitos muito valorizados pelos japoneses. Não é tão comum, mas é possível encontrar a planta no Brasil, muitas vezes cobrindo portões ou integrando arcos.

Fuji No Hana: a planta asiática que inspira longevidade e bem-estar. Na foto, glicinia. Wisteria floribunda.
<span class=”hidden”>–</span>SLIMHANNYA/Wikimedia Commons

No Japão, o tipo mais popular é a Wisteria floribunda, arbusto trepador que pode atingir 10 metros de altura. Normalmente, durante os meses de abril e maio (primavera no hemisfério Norte) é possível encontrar festivais de glicínias em parques e florestas no Japão. Um deles é o Fujinohana Monogatari Ofuji Festival, que ocorre no Parque Ashikaga, que conta com uma antiga árvore de glicínias de 150 anos. As luzes à noite e a água ao redor refletem as cores das flores, criando um espetáculo visual.

Fuji No Hana: a planta asiática que inspira longevidade e bem-estar. Na foto, glicinia. Wisteria floribunda.
<span class=”hidden”>–</span>Cliff from Arlington, Virginia, USA/Wikimedia Commons
Fuji No Hana: a planta asiática que inspira longevidade e bem-estar. Na foto, glicinia, Wisteria floribunda, gravura histórica.
<span class=”hidden”>–</span>Hiroshi Yoshida/Wikimedia Commons

Pela possibilidade de as árvores viverem por tantos anos, as glicínias inspiram a longevidade no Japão. Inclusive, o país é mundialmente reconhecido por sua longevidade.

Fuji No Hana: a planta asiática que inspira longevidade e bem-estar
As glicínias japonesas foram inspiração para o estande do HNipo na 25ª edição do Festival do Japão.HNipo/Divulgação

“De acordo com o Índice de Qualidade de Vida da OECD (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), a média de idade dos habitantes do Japão atinge os 84 anos”, explica o Dr. Carlos André Uehara, geriatra do Hospital Nipo-Brasileiro (HNipo). E ainda o arquipélago japonês, Okinawa, é uma das Zonas Azuis, as áreas com o maior número de centenários no mundo.

Fuji No Hana: a planta asiática que inspira longevidade e bem-estar. Na foto, glicinia. Wisteria floribunda.
<span class=”hidden”>–</span>Oakley413/Wikimedia Commons

Além da dieta saudável, noites de sono regulares e um padrão de vida elevado na terceira idade, um aspecto muito importante para os longos anos de vida dos japoneses é o ikigai. O conceito japonês incentiva as pessoas a encontrarem sua razão de viver para equilibrar a vocação e as paixões. Representa um estilo de vida que traz harmonia e a satisfação plena nas diferentes áreas da vida, permitindo assim alcançar o propósito para a nossa existência, podendo ser por meio da conexão com a natureza ou encontrando uma razão de ser.

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Fuji No Hana: a planta asiática que inspira longevidade e bem-estar. Na foto, glicinia. Wisteria floribunda.
<span class=”hidden”>–</span>SLIMHANNYA/Wikimedia Commons

Assim, as glicínias são boas inspirações para buscar um ikigai, estar em contato com a natureza e ainda aumentar as chances de viver por mais anos. Se decidir cuidar de uma em casa, tenha em mente que seu crescimento é demorado e pode demorar anos até que as primeiras flores apareçam. No Brasil, preferem épocas frias com luz do sol direta, solo drenado e fértil, rico em matéria orgânica, com regas e podas regulares, muitas vezes pode ser necessário um suporte, pois as flores pesam.

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