Se fizéssemos uma receita de bolo chamada “doce lembrança”, quais ingredientes seriam essenciais? Além do prato, nossa mente seria conectada por histórias que vivenciamos em momentos e com pessoas especiais, muitas delas envolvendo o ambiente da

“Mesmo com a pressa do dia a dia, é inegável que ela une as pessoas dentro do cotidiano. É nela que nos sentamos para tomar o café da manhã com nossos pais e filhos ou preparamos um jantar para os amigos. “São essas relações que nos permitem criar uma memória de sabor”, explica a arquiteta Patricia Miranda, responsável pelo escritório

Assim como na moda, a arquitetura de interiores é cíclica e exalta tendências – muitas delas, estilos consagrados e atemporais. É o caso das cozinhas
Mas, como o azul entra no décor de cozinhas, especialmente na marcenaria?

Para Patricia Miranda, as definições de um projeto dependem do que acontece no conjunto. “Por exemplo, se eu tenho muita informação em um

Outro aspecto a ser observado diz respeito às dimensões do ambiente. Em cozinhas menores, a recomendação de Patricia é reduzir o trecho que apresentará um tom mais forte. “Uma área mais abrangente nos abre a possibilidade de ousar e brincar um pouco mais com as cores. Já fiz uma cozinha que era grande a ponto de ter dois ambientes, e aí pude usar branco, verde, madeira e um ladrilho hidráulico com linhas na cor laranja. E ficou muito bom”, lembra a arquiteta.
A liberdade de usar todos os tons

A arquiteta
Para conciliar o azul em seus projetos, Cristiane revela seu apreço por incluir tons que atuam como um contraponto na paleta. “Tanto o branco, como o preto e cinza são cores que conciliam muito bem com o azul na marcenaria. Outra dica, mas fora da marcenaria, é trabalhar o amarelo, que complementa o azul de forma perfeita!”, avalia a profissional. Mas entre as escolhas, o
Marcenaria azul x base neutra

Na hora de projetar, a arquiteta Cristiane Schiavoni explica que a cozinha que a paleta pode adotar bases neutras, mas que não existe uma obrigatoriedade. “Tudo depende da proposta. Atualmente, estou debruçada em um projeto onde a marcenaria será azul e as paredes amarelas. Trata-se de uma proposta mais vintage e mais descontraída que aceita esse contexto”, comenta.
Sobre as nuances, o gradiente mais claro, comumente conhecido como azul bebê, é o preferido. “Eu acredito nessa valorização da memória afetiva, pois cada vez mais as pessoas desejam uma casa não apenas bonita, mas que traga o senso de pertencimento e as emoções”, ressalta.
Verdadeiro ou falso: o uso de cores é indicado apenas para cozinhas pequenas?

Falso! “Embora a ideia seja adotar com parcimônia, precisamos desmistificar um pouco a ideia de ‘se é pequeno, precisamos trabalhar com tons claros”, responde Cristiane Schiavoni.

Tanto para ela, como para Patricia Miranda, deve-se tomar cuidado com a aplicação, em demasia, dos tons claro, pois pode-se incorrer no risco de perder profundidade, contrastes e outros aspectos importantes para trazermos proporção aos espaços. “Podemos sim usar o azul em cozinhas pequenas, desde consigamos trazer todas as noções de proporção que o projeto precisa”, finaliza Cristiane.