Nos 1960 e 1970, este triplex na Lagoa (RJ) pertencia ao produtor musical Alfredo Machado, que sempre usou o terceiro andar como um estúdio informal. Hoje, o novo dono – que é músico amador e amante das festas e jam sessions – fez questão de manter o estúdio, mesmo renovando todo o imóvel.

O apartamento de mais de mil metros quadrados passou por uma longa reforma tocada pelo arquiteto Maurício Nóbrega. Além de todo o tratamento acústico necessário, o estúdio ganhou projeto luminotécnico de Maneco Quinderé que fez para o espaço uma luz de palco. Afinal, não são poucos os músicos – profissionais ou não, famosos ou nem tanto – que costumam frequentar o espaço.

Além do estúdio – que foi aberto para o verde -, o terceiro andar ganhou ainda uma sala de música (para guardar os instrumentos) e estrutura para receber festas: bar, estar, cozinha gourmet e piscina na varanda que foi totalmente integrada criando uma grande área social.

O apartamento também possui uma entrada exclusiva pelos fundos do prédio – já que o edifício fica no topo de uma ladeira – o que o torna ainda mais especial, já que ganha ares de casa. Essa fachada privativa, aliás, também foi renovada por Maurício que fez ali um muro de pedras que trouxe ainda mais charme ao imóvel. O paisagismo é assinado por Barbara Soveral.

“A ideia era que o apartamento se tornasse quase um clube. Tanto para receber os amigos músicos, como para receber os filhos e nove netos, já que muitos deles moram fora e quando vêm ao Brasil ficam hospedados na casa do avô”, conta Maurício.

O imóvel também ganhou cinco suítes confortáveis e teve a antiga lavanderia, localizada numa edícula externa, transformada em ateliê, brinquedoteca e academia – com direito à parede de escalada para os pequenos.

A decoração mudou completamente. Um detalhe acrescentado pelo arquiteto foi o uso da madeira peroba, que aparece em praticamente todos os ambientes: em painéis, brises e até no revestimento dos pilares da sala, além do quarto principal e banheiros.

“Criamos um layout que acomodasse as peças que eles já tinham. Só foi preciso aumentar a coleção de arte, porque esse apartamento tem mais paredes, por ser maior”, finaliza.

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