Logo pela manhã, o sol entra de mansinho na sala, assim que toca o alto do telhado de duas águas, onde uma abertura com caixilhos estrategicamente posicionada entre elas dá passagem aos primeiros raios.
Conforme as horas passam, a claridade banha toda a construção repleta de transparências que convidam o verde deste refúgio mineiro na Serra da Mantiqueira a fazer parte do interior.
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Suspensa, a casa de 82 metros quadrados repousa delicadamente sobre o terreno acidentado e avança sobre ele, tirando o melhor proveito do declive e da paisagem ao redor.
“Uma parte fica implantada no platô e a outra se projeta em direção ao desnível do lote, como se o ampliasse. É uma estrutura mista, em que pilares e vigas de concreto sustentam a laje do piso enquanto os mesmos elementos, feitos de madeira, suportam as paredes de alvenaria e o telhado”, explica a arquiteta Cristina André, autora do desenho.
Concebido seguindo soluções, métodos construtivos, materiais e mão de obra locais, o refúgio não só enalteceu elementos regionais como o tijolo de barro maciço e o
“Nós queríamos uma casa bonita, ensolarada e o mais em conta possível. E que fosse prática e eficiente: como é suspensa, fica livre da umidade”, conta a proprietária Denise Silveira Mathias, que frequenta Gonçalves há 12 anos, mas só em março de 2016 conseguiu iniciar a obra tão sonhada ao lado do marido e do filho de 11 anos.
Pronto em janeiro deste ano, o refúgio seria alugado por um ano enquanto uma segunda propriedade pudesse ser finalizada para receber os moradores. Porém, tal ideia vem sendo adiada à medida que eles se apaixonam cada vez mais pelo lugar e suas montanhas.