No interior de São Paulo, o projeto batizado de Casa Silvestre se tornou a residência de veraneio de uma família composta por um casal e duas filhas. A equipe do escritório Conrado Ceravalo optou por posicionar a casa no início do terreno, com o intuito de capturar a luz natural da manhã e criar uma atmosfera acolhedora. Ao mesmo tempo, bloquearam a incidência do sol poente, que é intensa durante a tarde.

A casa foi cuidadosamente projetada para respeitar e se integrar à beleza natural do local. Desde o início, a intenção foi preservar a topografia já existente. Portanto, a residência foi apoiada no desnível por meio de três lajes, sendo uma para a cobertura e as outras duas apoiadas no primeiro e no segundo declive, que abrigam a área íntima (uma suíte e um quarto) e parte social da casa, respectivamente.

O mezanino também incorpora a sala de TV, que se transforma em quarto de hóspedes quando necessário.

Localizada em um terreno privilegiado, a residência foi projetada para proporcionar uma experiência completa de imersão total na natureza, estabelecendo uma conexão contínua entre o interior e o exterior, assemelhando-se a um extenso e unificado terraço. Dessa forma, a casa é composta por vidros que possibilitam a contemplação da vegetação da Mata Atlântica de todos os cômodos, exceto nos espaços privativos, como banheiros, lavabos e quartos.

Com uma arquitetura contemporânea em uma construção de 420 m², os arquitetos empregaram elementos da serralheira, caixilhos, paredes e revestimentos de ripas de madeira ecológica, buscando assegurar tanto a estética quanto o conforto, bem como alcançar resultados ideais em termos de isolamento térmico e privacidade.

Com foco na sustentabilidade, foram instaladas placas solares sobre a casa. Dado o uso somente aos finais de semana, a família aproveita bem o custo-benefício oferecido.

O projeto luminotécnico foi desenvolvido pelo escritório com foco na função de destacar a arquitetura e na integração com a natureza. O paisagismo de toda a área externa é assinado por Flávia Tiraboschi, que complementa a moldura da mata com espécies que se contextualizam com a natureza local, incluindo um pergolado que evoca a sensação de um jardim secreto, bem como um pomar.

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