A edição de setembro da
Novo tradicional
Esse regaste da produção artesanal não é nova e, nos últimos anos, vem se traduzindo em diversos formatos. Nesta edição, particularmente, chama a atenção a quantidade de empresas que trabalha o tecido natural, com tingimento feito à mão, motivos tribais (e, muitas vezes, produção em conjunto com pequenas comunidades), franjas, pompons, cerâmica artesanal e, acima de tudo, listras.
O desejo de purificação e de reconexão aparece em objetos que remetem a rituais sacralizados (da distribuição das hóstias a oferendas em geral) e móveis que lembram pedestais ou pias batismais. Além disso, os materiais passam por uma reinterpretação, suavizam-se e dão espaço para o etéreo – microtendência que foi chamada de Austeridade Poética.