Tudo o que você precisa saber sobre a planta da sua casa
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Uma casa nova sempre nos inspira a pensar nos móveis, na cor das paredes e na decoração. Muito antes da estética, porém, deve-se pensar no desenho da planta. Fundamental, é ele quem alinha os detalhes e evita futuros problemas de estrutura.

Por isso, um dos principais segredos de uma casa bonita e confortável é justamente o início do projeto. Sem o conhecimento técnico, pode resultar em ambientes maiores do que o necessário ou muito pequenos para a necessidade da família.

Para te auxiliar neste momento importante, o arquiteto Edgar Sacchi divide cinco dicas e curiosidades sobre as plantas e como elas podem tornar o projeto mais moderno, funcional e até mais barato. Confira abaixo:

Definindo o perfil da casa

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De acordo com Edgar, para começar, é fundamental ter em mãos um programa de necessidades, definindo questões básicas como quantidade de quartos e de suítes e, em caso de residências, se haverá ambientes diferenciados como sala de televisão, piscina, entre outros.

Tudo isso depende do perfil de quem vai morar nessa casa e do estilo de vida dessa pessoa ou família.

Tudo começa pelo sol e o solo

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Antes de pensar na disposição dos ambientes, é importante verificar a insolação, que será o ponto de partida para pensar quais cômodos devem ficar mais perto de onde “o sol bate”.  Segundo Edgar, cada tipo de ambiente necessita de uma insolação diferente.

No Brasil, a face sul quase não recebe sol, portanto nela só devem ser colocados ambientes secundários – como garagem, áreas de serviço e ambientes com pouco uso. “Jamais coloque dormitórios na face sul ou você terá grandes problemas com mofo e umidade, prejudicando sua própria saúde ao longo do tempo”, adverte Edgar. Neste caso, os quartos devem ser posicionados preferencialmente na face leste.

Essa verificação da insolação também é importante para quem quer construir uma piscina. Afinal, neste caso, quanto mais incidência solar, melhor. Além do sol, o tipo de solo impacta diretamente no custo de fundação. Nesse caso, segundo Edgar, o melhor cenário é o solo argiloso, já os arenosos, é melhor evitar. “Solos com muitas rochas e perto de córregos e rios quase sempre aumentam o custo de fundação, sendo necessária uma fundação mais profunda”, conta.

Para o arquiteto, é fundamental verificar as diretrizes legislativas da cidade em relação a alguns pontos, tais como: recuos obrigatórios, taxa de permeabilidade necessária, entre outros.

Estratégias de estruturas podem baratear a obra

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Uma planta bem feita pode baratear os custos na hora de construir. Neste caso, o profissional indica investir no básico, até em grandes projetos.

“Moradias grandes vão exigir um projeto estrutural com um tempo maior de planejamento. A casa pode ter uma forma sem muitos recortes, mais básica, e ainda assim ter uma volumetria interessante, facilitando a execução e economizando material estrutural”, afirma o profissional. 

Além disso, estratégias de integração reduzem os gastos com material e mão de obra. Para isso, o ideal é integrar espaços, aproveitando a mesma parede, por exemplo, bem como pensar na proximidade das áreas molhadas, para gastar menos com tubulações.

“O ideal é deixar os ambientes molhados, como cozinhas, áreas de serviço e banheiros, reunidos, e de preferência usando a mesma parede hidráulica. A caixa d’água também deve ficar mais próxima dessas áreas, o que reduz a quantidade de tubos e peças”, recomenda.

Aproveitando ao máximo terrenos pequenos

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Uma boa planta não tem relação com o tamanho do terreno. É possível ter ótimas estruturas em terrenos pequenos. Nesse caso, de acordo com Edgar, a solução é a verticalização.

“Faça a divisão dos ambientes sociais no térreo e os ambientes privativos podem estar no andar superior”, afirma ele. “Outra solução é a criação de um pé direito duplo com mezanino, o que é muito comum em lofts e fica muito moderno e bonito”, diz ele.

A integração dos ambientes é outra saída que também ajudam a dar sensação de amplitude e melhor aproveitamento do espaço.

Térreo ou sobrado?

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Na hora de fazer esta decisão, lembre-se que ambos possuem vantagens e desvantagens. Uma construção com segundo piso pode garantir maior espaço mesmo com um terreno pequeno, porém, a fundação e alicerces mais fortes trazem mais custos. Além disso, esta escolha pode ser mais perigosa para pessoas idosas ou crianças pequenas. 

Em casas térreas, por outro lado, a mobilidade das pessoas é mais simples e a estrutura não precisa ser tão reforçada quanto a de um sobrado. Existem, porém, outras desvantagens – como o material do telhado, que acaba ficando maior do que a de um sobrado, e a limitação do aproveitamento de espaço, pois a casa térrea só aumenta horizontalmente, o que necessita de um terreno maior.

“No fim das contas, a escolha entre um sobrado ou uma casa térrea é um dos primeiros passos par avaliar a necessidade e gosto”, afirma Edgar.

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