Quem passa pela frente desta casa em Londres, com tijolos vermelhos na
“Projetar para você mesmo tem o benefício de termos possibilidades infinitas e menos restrições. Acho muito mais difícil, porque você tem que viver em suas decisões ou erros”, conta Mat. A
Um dos pontos de partida do projeto está na fachada do quintal, inspirada na montanha russa Matterhorn da Disneyland. A ideia surgiu da pesquisa para um outro projeto, mas apenas nesta reforma foi aplicada. “Ela se encaixou perfeitamente com o que estávamos tentando alcançar nesta casa, um telhado ‘pesado’ para enfatizar a fragilidade”, conta Mat. A montanha é feita a partir de uma espuma de alumínio superleve montada em um chassi auxiliar de aço.
Os outros ambientes, como a cozinha e área de jantar, seguiram a linguagem da “paisagem” montanhosa. A parede da área de jantar foi revestida em concreto, como uma caverna, enquanto a mesa representa um lago. O lado da cozinha segue o mesmo padrão, com armários na altura da bancada e portas de cores alternadas. “Parece um tanto grandioso ou cavernoso, com a variedade de materiais trazendo textura e um calor inesperado”, explica Mat.
Uma escada, com a mensagem Waste Not Want Not (desperdício não quero não, em tradução livre) – referência ao arquiteto A.W Pugin e frase favorita da avó de Mat -, leva ao patamar da entrada da casa e a uma segunda escada que direciona ao segundo andar, onde ficam os espaços íntimos.
No andar superior, foram acrescentados um quarto e banheiro na reforma. O corredor neutro foi pensado para proporcionar uma sensação de calma e tranquilidade. O banheiro é o único espaço onde a linguagem dos ambientes do pavimento inferior impera. Os ladrilhos utilizados são semelhantes aos encontrados na demolição de uma das antigas lareiras. Complementam a ambientação luminárias pretas e brancas e um teto tangerina.