Com deficiência de terras férteis e próprias para a agricultura, a Nigéria enfrenta hoje um grande problema: abastecer sua população de 190 milhões de indivíduos.
De acordo com o
Dentro deste contexto, uma solução viável – e que já está sendo utilizada – é o cultivo aeropônico. Eu sei, parece estranho, mas é assim mesmo que se chama: trata-se de uma técnica que dispensa o solo e na qual as plantas são criadas no ar, em estruturas próprias.
É o que faz o nigeriano Samson Ogbole em sua fazenda. Em vez de água ou solo, ele se utiliza de uma névoa rica em nutrientes para fazer crescer a sua colheita.
“Percebe-se que existe um êxodo maciço de pessoas vindo das aldeias para os centros abertos, por isso precisamos garantir que a produção de alimentos também ocorra nestes centros”, diz Ogbole.
A fazenda indoor de Ogbole funciona com um sistema 24h de iluminação e de água que ajuda a manter a névoa e conta com mesas de plantas que conseguem, cada uma, comportar até 121 unidades.
Apesar de ser um sistema caro – este custa o equivalente a US$ 183 mil –, apresenta vantagens, uma vez que dispensa a capinagem e o uso de inseticida. Mais importante que isso, porém, é que o cultivo aeropônico pode ser uma grande alternativa à Nigéria, onde terra e água estão se tornando cada vez mais escassas.
Além de ajudar a abastecer a extensa população africana, ser capaz de produzir alimento na cidade a torna menos vulnerável aos efeitos das alterações climáticas.