Todos os anos, a França tem 225 mil novos casos de demência do tipo Alzheimer, com uma expectativa de que o número de pacientes exceda um milhão em 2020. Com isso em mente – e com inspiração no modelo holandês em Weesp, perto de Amsterdã –, o governo da França criou o projeto da , ou Alzheimer Village.
Na comuna francesa de Dax e com um custo de construção de 16 milhões de euros (aproximadamente 72 milhões de reais), a vila tem uma abordagem não-droga, com atividades terapêuticas para preservar as habilidades dos residentes.
Quem assina o projeto é o , que imaginou um ambiente compartilhado, mas privativo, e cercado pela natureza. “A Alzheimer Village é uma inovação e renovação de uma casa de repouso tradicional para pessoas com Alzheimer. Os moradores vivem em casas menores, onde estão inseridos no cotidiano e onde a qualidade de vida e a arquitetura de cura estão em foco”, o escritório explica.
Em construção desde 2016, a vila deve ser inaugurada em 2020 e contará com 16 casas de 300 metros quadrados, no estilo da arquitetura tradicional da região dos Landes, e cada uma acomodará de sete a oito residentes. Apesar de compartilhadas, as construções foram pensadas para respeitar diferentes estilos de vida, assim como a autonomia e a intimidade de cada pessoa. No total, 120 moradores viverão ali.
Em uma área arborizada de mais de cinco hectares, as casas foram organizadas ao redor do centro, conhecido como La Bastide. Ali, os residentes poderão encontrar e aproveitar loja, cabeleireiro, restaurante, centro cultural e centro de saúde – tudo o que precisam para viver normalmente de forma independente.
Além do centro, haverá também um parque paisagístico, onde os moradores poderão praticar jardinagem e cuidar de animais na mini fazenda.
Na parte médica, a Village Landais Alzheimer possuirá centro de pesquisa, com treinamento para profissionais da saúde, e alojamento para pesquisadores e voluntários, que realizarão atividades com os moradores.
“O Village também será um centro de recursos para pesquisa médica e terapêutica. Esta é uma parte essencial do projeto. Vários estudos de avaliação serão realizados para medir a natureza exemplar e eficaz deste método de gestão inovador. Um estudo também terá foco no impacto de novas tecnologias e novas formas de reabilitação da perda cognitiva”, explica Xavier Fortinon, presidente do conselho departamental dos Landes e presidente da Gestão de Interesse Público do projeto.
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